FAQ

Perguntas Frequentes

Os Raios

  • Algumas condições climáticas como fortes temperaturas e humidade representam as condições perfeitas pela criação de nuvens. No caso do raio, a nuvem típica é chamada de cumulo-nimbus. Essa nuvem, formada pelo aquecimento do ar se tornando vapor de água, é composta de átomos de água, ou seja, de gotas de água na parte inferior e partículas de gelo na parte superior.

    Fortes correntes ascendentes dentro deste tipo de nuvem separam a carga elétrica desses átomos de agua, resultando em altos níveis de cargas positivas na parte alta da nuvem e altos níveis de carga negativa na base da nuvem. As vezes, um grupo de elétrons positivos permanecem na base da nuvem, no meio de cargas negativas.

    Essa nuvem de tempestade se forma acima, criando um grande dipolo com o solo, sob à influencia da base da nuvem de carga negativa, o campo eletromagnético naturalmente presente na atmosfera ao nível do solo inverte e aumenta rapidamente atingindo 10 até 15 quilovolts (kV) por metro. A descarga elétrica no solo se torna iminente.

    A primeira etapa da descarga atmosférica consiste em uma descarga inicial de baixa luminosidade conhecida como líder descendente e também chamado de traçador descendente. Ele se forma no centro da nuvem e se direciona pelo solo.

    Ao mesmo tempo, o campo eletromagnético ao nível do solo aumenta em função do líder descendente se aproximando.

    Qualquer ponto alto nos arredores tais como uma torre, uma arvore ou um para-raios começa gerar imediatamente uma ionização natural na forma de cargas elétricas visíveis de cor azul. Esse fenômeno é chamado de efeito de ponta ou efeito coroa.

    Assim que o líder descendente se aproxima, perto suficiente do solo, a ionização devida ao efeito coroa se intensifica, e provoca naturalmente uma descarga ascendente. Essa descarga ascendente é chamada de líder ascendente e se desenvolve em direção da nuvem.

    Quando um dos líderes ascendentes e um dos líderes descendentes se encontram, um canal ionizado e altamente condutor é criado permitindo a passagem da corrente. Isto é o fenômeno de descarga atmosférica, caracterizado por um clarão forte e luminoso chamado de relâmpago e por um barulho ensurdecedor chamado de trovão.

    A descarga atmosférica (raio) está na verdade composta de várias descargas sucessivas, separadas por alguns microssegundos, e todas seguindo o mesmo canal ionizado.

  • De vez em quando, geralmente durante o inverno, um líder descendente pode se desenvolver a partir do grupo de cargas positivas localizadas na base da nuvem, e se direcionar para o solo. Este tipo de raio é conhecido como positivo descendente.

    Quando condições elétricas da atmosfera permitem, um líder ascendente pode se desenvolver espontaneamente a partir de um ponto de grande altitude (ex. montanha, torre de telecomunicação ou prédio alto). Este tipo de raio é conhecido como positivo ascendente ou mais raro, como negativo ascendente dependendo da carga elétrica da nuvem.

    A corrente desses raios ascendentes, geralmente positivos é mais intensa e portanto, resultam em descargas mais destrutivas que raios descendentes.
  • Existem aproximadamente 32 milhões de descargas nuvem-solo por ano no mundo, ou seja, 50 a 100 descargas nuvem-solo por segundo.

    Em 2016, estimamos a perda das segurados devida aos raios nos EUA ser de 825 milhões de dólares para proprietários e 108 milhões para edifícios não residenciais.

    Vários sites tais como http://www.struckbylightning.org/news/dispIncidentdb.cfm coletam todas as ocorrências de raios e acidentes numa database.

    Danos causados por descargas são severos devido às especificidades da corrente de raio: intensidade muito alta (vários kA) e uma forma de onda com curtos tempos de elevação (declive) gerando importantes surtos. Por exemplo, a voltagem gerida em uma fita de cobre (30mm x 2mm) atinge até 10MV baseado na características normativas das descargas subsequentes (Nível I).

    A frequência do raio muda em função da região do mundo. O desenvolvimento de cumulonimbus é favorecido pelas grandes variações de temperaturas entre o solo (quente e úmido) e a parte alta da atmosfera (fria). Raios se concentram ao longo dos trópicos e são limitados à temporadas de verão em climas temperados.

    Em 2017, cientistas mencionaram o Lago Maracaibo no Venezuela como a zona mais propensa a ser atingida por raios no mundo.

  • Dados demonstram que descargas atmosféricas tendem a aumentar ao redor do mundo.

    Durante o verão de 2018, a França recebeu um número recorde de 700.000 descargas.

    Em Junho de 2018, mais de 77.000 descargas foram contabilizadas em apenas 1 dia na França.

    De janeiro até setembro de 2018, apenas 30 dias não foram contabilizados atividade de raios na França.

    Cientistas publicaram na revista Natura uma pesquisa demonstrando que 1°C adicional nas temperaturas médias devido ao aquecimento global era igual a um aumento de 10% em atividade de raios.

    Com uma temperatura média adicional estimada a 2 até 4°C (conforme dados recentes do GIEC), a atividade de raios e tempestade tende à escalar.

    Uma outra equipe de cientistas também comprovaram o vínculo entre a poluição do ar e tempestades no Estreito de Malacca (Malásia): estudando 1,5 bilhões de ocorrências de raios entre 2006 e 2015 na região, essa pesquisa estabelece a seguinte relação: quanto mais poluído o ar, maior a quantidade de raios observados, devido à mudança da composição do ar e sua condutividade.

  • Raios representam uma fonte de energia atraente, que poderiam favorecer países emergentes localizados em regiões tropicais atingidas por uma forte densidade de raios.

    Hoje não existe tecnologia capaz de coletar a energia do raio.

    A primeira dificuldade é a ampla dispersão da descarga atmosférica para o solo. Uma área de um quilometros quadrado recebe uma média de apenas uma descarga por ano (na Europa), ou até 30/50 descargas por ano para as regiões mais expostas.

    A segunda dificuldade é a capacidade de armazenar corrente de raio com altos impulsos, devido á sua forma de onda muito especifica e sua curta duração.

    Pesquisas estão em andamento com cientistas testando raio laser ionizando um caminho específico para conduzir a descarga até um ponto de coleta específico. Mas ainda não existe sistema operacional disponível.

Proteção

  • 1753: Benjamin FRANKLIN inventa o condutor de raio. Ele foi o primeiro a demostrar a natureza elétrica do raio com sua famosa experiencia da pipa. Mais ou menos ao mesmo tempo na França, DALIBARD confirma a teoria de Marly com sua experiencia com uma ponta metálica sendo eletrificada durante tempestades.

    Jacques de ROMAS também chegou na mesma conclusão com uma pipa diferente que FRANKLIN: um fio de cobre enrolado em torno da corda até o solo. A descoberta rapidamente levou até uma fascinação para condutores de raio.

    Jacques de ROMAS também chegou na mesma conclusão com uma pipa diferente que FRANKLIN: um fio de cobre enrolado em torno da corda até o solo. A descoberta rapidamente levou até uma fascinação para condutores de raio.


    1880: Um físico belgo chamado MELLSENS recomenda a proteção de edifícios os cobrando com fios metálicos conectados a uma série de pontas no telhado e aterrados. Esta foi a primeira malha, também chamado de gaiola.


    1914: Primeiras tentativas de melhorar o pára-raios simples existiram através do húngaro SZILLARD e o francês DOZÈRE. Esses trabalhos levaram ao design e fabricação dos pára-raios radioativos, utilizando fontes radioativas na ponta a fim de manter uma ionização permanente.


    1985: Para questões de segurança e saúde, o pára-raios radioativos foram proibidos.
    Depois de vários anos de pesquisa resultando no aperfeiçoamento do entendimento das propriedades físicas do raio, um novo tipo de pára-raios foi desenvolvido gerando uma forte ionização do captor utilizando um equipamento elétrico independente de qualquer fonte externa de energia. Essa nova tecnologia é chamada Pára-Raios com Dispositivo de Ionização (PDI).


    1995: Criação da Norma Francesa NF C 17 102 para “Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas utilizando Para-Raios com Dispositivo de Ionização”.
    Esta norma foi traduzida em vários países e inspiraram varias normas nacionais na Espanha (UNE 21 186), Portugal (NP 4426), Romênia (I7), Argentina (IRAM 2426), Turquia, Angola, etc.


    2015: A corporação americana Under writers Laboratories certifica Pára-Raios com Dispositivo de Ionização e oferece serviços de inspeção para instalações de sistemas de proteção contra raios PDI.


    2016: A Associação Internacional de Proteção contra Raios (www.intlpa.org) conta mais de 680,000 captores PDI instalados no mundo.
  • Buscar abrigo em um edifício ou um veículo.

    Não tocar em objetos, estruturas ou elementos metálicos.

    Não usar equipamentos com alimentação elétrica ou de comunicação.

    Não permanecer debaixo de árvores ou em uma caverna nas montanhas.

    Posição de segurança no ar livre: permanecer numa posição agachada, com os dois pés em contato com o solo e sem se mover.
  • Um Sistema de Proteção contra Raios é feita de 4 componentes principais:

    Proteção direta inclui um pára-raios para captar a corrente de raio e conduzir ela com segurança até o solo através dos condutores e aterramentos.

    Proteção indireta abrangendo dispositivos de proteção contra surtos na entradas de energia, telecomunicação, dados..) a fim de proteger os equipamentos.

    Equipotencialização de todos os aterramentos do local.

    Equipotencialização de todos os equipamentos e estruturas metálicas com os condutores de descida.
  • Existem quatro tipos de pára-raios:

    Pára-Raios com Dispositivo de Ionização desde 1985.

    Ponta Simples, também chamada de Para-Raios Franklin, baseado nas descobertas de Benjamin Franklin no século 18.

    Projeto de proteção contra raios com Sistema de Malhas baseado nas descobertas no século 19.

    Cabos estendidos ou Cabos de Guarda, utilizados extensamente por exemplo acima de linhas de distribuição de energia (cabo adicional acima dos 3 cabos ativos).
  • Uma análise de risco inicial é necessária e exigida para avaliar as exigências do SPDA. Esta análise de risco específica o nível de proteção (1 à 4).

    Este tipo de análise está realizado por engenheiros eletricistas qualificados e certificados Qualifoudre (na França).

    A análise técnica define depois o tipo, o número e a localização dos pára-raios acima da estrutura.

    O pára-raios deve ser ficado acima do ponto mais alto da estrutura para proteger (idealmente 5 metros acima para um pára-raios ionizante).

    O pára-raios deve contemplar no mínimo dois condutores de descida, fixados na edificação.

    A resistência de cada aterramento está medida com a ajuda de um milíohmetro.

    A resistência deve ser inferior a 10 ohms.

    O aterramento do sistema de proteção contra raios e os pontos principais da malha de aterramento da edificação devem ser interligado por um anel de aterramento.

    O SPDA pode ser complementado por um Contador de Raios a fim de contabilizar o numero de descargas atingido o sistema.

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